Amar não é fácil. É quase que irónico a vida. Ela nos ensina coisas de formas que os professores não nos ensinam na escola. Acontece, apaixonamos por uma pessoa. Ninguém escolhe. Mas é difícil amar uma pessoa que não sente o mesmo.
Aquela sensação de que ela é tua para nós, vamos para a cama a pensar que amanhã poderemos vê-la outra vez. Faríamos tudo por ela, porque ela faz parte de nós. Queremos protegê-la do mundo, limpar-lhe as lágrimas, fazer-lhe rir e mostrar-lhe que existe alguém que se importa com ela.
O facto é que um dia percebemos que nunca a poderemos ter, o coração dela tem dono. Percebemos que não a podemos obrigar a amar, mas também não podemos ficar presos a algo que não existe. Afastamo-nos porque por mais feliz que ela nos faz sentir, nada daquilo é real.
Um dia ela é tudo na nossa vida, no outro dia não é nada, um dia o nosso coração que batia por ela já não bate por ninguém. Dói não vê-la, dói não ouvi-la ou saber se está bem. Então chega a um ponto em que a dor é insuportável, só queremos ser felizes, porque merecemo-lo também. Deixamos de sentir e passamos a fingir que nada daquilo nos foi importante, que só passaram de boas memórias do passado, fingimos que o que sentimos por ela nada passou de uma partida do nosso coração e esperamos que isso se torne verdade um dia.